De substituir Harry Kim por um clone exato até encher um planeta com bebês salamandras pós-humanos, “Star Trek: Voyager” fez algumas escolhas de roteiro bem ousadas. Numa série que desafia tanto os valores da Frota Estelar quanto as regras básicas do universo Star Trek, não é surpresa que os escritores de “Voyager” não se preocupem muito com a continuidade. Isso fica claro com o suprimento aparentemente infinito de torpedos e naves auxiliares da nave estelar.
Preso no Quadrante Delta, o USS Voyager não tem como reabastecer seu arsenal, a menos que fabrique novas munições. Logo no começo da série, no episódio “The Cloud” da 1ª temporada, Tuvok diz: “Temos 38 torpedos fotônicos, capitão”, e Janeway responde: “E não há como substituir depois que forem usados.” No episódio em duas partes “Basics”, que liga as temporadas 2 e 3, eles usam cerca de 15 desses torpedos. Janeway até comenta: “Eles podem ter torpedos para desperdiçar, mas nós não.” A menos que eles tenham fabricado mais, a Voyager deveria ficar sem torpedos antes mesmo de encontrar a Seven of Nine e começar a modificar os torpedos para lutar contra os Borg.
De acordo com a compilação de torpedos da Voyager do YouTuber TazG2000’s, a contagem final de torpedos fotônicos fica em -85 no fim da série, mostrando que os escritores desistiram da continuidade na 5ª temporada. A contagem de naves auxiliares também segue um padrão parecido, com o site Nitpickers de Jornada nas Estrelas contabilizando um total de sete naves perdidas até o final da série.