A mulher inferior – Critíca sobre a inferiorização das mulheres no mundo cinematografico e cultural.
Acho que como mulher a primeira coisa a dizer é que somos lindas, perfeitas, amigas, cheia de força, dotada de garra, amizade, lealdade, mãe, pãe, filha, esposa, empregada, faxineira, cabeleleira, manicure, dentista, cozinheira, funcionaria do mês na empresa. Mas támbem inseguras, prepotentes, invejosas, detalhistas, calculistas, arrogantes, cheias de si e uma vontade muito grande de ser mais bonitas e bem sucedidas que outras mulheres.
Se nós como mulheres sabemos conhecer nossos erros, imagine os homens, pra eles é mais fácil ainda apontar nossos erros e nos colocarem pra baixo, como sempre foi ao longo da história.
Tem um artigo muito bom do the new york times que demonstra como as mulheres são vistas de forma inferiores nas obras cinematograficas, acho isso o “puro suco” do machismo holywoodano.
Mulheres no mundo cinematografico
Uma critica do the new york film academy, como a mulher é retratada (veja o post do new york film academy):
O cinema enfrenta problemas para representar justamente as mulheres. Em muitos filmes, elas são mostradas de maneira sexualizada, com seus corpos sendo destacados apenas para o prazer dos espectadores. Além disso, atrizes mais velhas frequentemente perdem espaço em papéis principais, enquanto estereótipos de gênero ainda dividem os tipos de filmes que homens e mulheres supostamente gostam. Outro grande problema é a diferença salarial entre atores e atrizes, mesmo em papéis de destaque. Poucas mulheres conseguem oportunidades para dirigir filmes, e mesmo quando premiadas, suas conquistas são desvalorizadas em comparação com as dos homens. Esses desafios refletem uma indústria cinematográfica que favorece homens e brancos, com a maioria dos membros da Academia sendo homens brancos.
O machismo e a desigualdade de gênero estão presentes em todos os aspectos da sociedade. Exemplos disso são facilmente encontrados no âmbito doméstico, sexual, trabalhista, econômico e cultural. O cinema não é uma exceção.
As mulheres no cinema geralmente existem para apoiar os homens. Mesmo quando são protagonistas, suas histórias frequentemente giram em torno de relacionamentos com homens. As mulheres são muitas vezes mostradas como acessórias aos personagens masculinos, com pouca profundidade psicológica e emocional. É raro encontrar filmes onde as mulheres são protagonistas de suas próprias histórias e são retratadas como seres humanos verdadeiramente autônomos.
Há pouca participação feminina nos filmes. O Teste de Bechdel foi criado para avaliar a presença e a importância das personagens femininas em um filme. Para passar no teste, um filme deve responder “sim” a três perguntas:
1. Existem pelo menos duas mulheres com nome?
2. Elas conversam entre si?
3. Elas falam sobre algo além de um homem?
Aqui estão evidências de que o machismo existe no cinema. Quando falamos que o cinema é machista, não estamos nos referindo apenas ao conteúdo dos filmes, embora isso seja um grande exemplo. Estamos falando também de como a indústria cinematográfica funciona e se organiza.
A garota diferente
As personagens femininas no cinema são frequentemente estereotipadas e raramente retratadas como seres complexos e autônomos. Elas existem principalmente para servir ao homem, mesmo quando são protagonistas. Um exemplo comum é a “garota diferente”, que transforma a vida do personagem masculino e perpetua a ideia de que mulheres precisam ser únicas para conquistar um homem, fomentando rivalidade entre elas e negando sua autonomia. Esses estereótipos mostram como o machismo está presente no cinema, refletindo a desigualdade de gênero em toda a sociedade.
A louca
Ela é desequilibrada e sempre atrapalha a vida do personagem principal. Geralmente, ela é comparada com a garota diferente, que muda a vida do rapaz e o ensina sobre o amor.
A profissional infeliz
Mulheres que têm sucesso no trabalho são mostradas como infelizes, passando a ideia de que não vale a pena para elas. Isso sugere que as mulheres deveriam focar em ser mães, esposas ou apaixonadas. Homens bem-sucedidos não são mostrados desse jeito.
A gostosona
Normalmente, a única mulher em um grupo de homens, ela não é a protagonista e só está lá para testar a heterossexualidade dos personagens masculinos. Ela geralmente está ligada a um dos protagonistas ou cria tensão sexual. Suas falas são sem importância e ela só está no filme para atrair a atenção dos espectadores.
Esses exemplos mostram como o machismo está presente no cinema e refletem a desigualdade de gênero em toda a sociedade, nos aspectos doméstico, sexual, trabalhista, econômico e cultural.p
Para mim esse grafico é tão explicito quanto parece, quem é channing Tatum perto de Angelina Jolie? sei que parece errado ao falar, mas atrizes de peso estão atras de atores masculino ridiculos
Mulher na sociedade e Cultura
Primeiro gostaria de falar como a mulher é menos nas culturas do mundo a fora, na leitura de Preserpolis de Marjane Satrapi, podemos ver como de uma hora pra outra uma sociedade pode com o apoio masculino colocar a mulher lá embaixo de tudo, coberta por seu hijabe, sem votar, sem falar, apenas uma animal reprodutor. Pois para brincar, falar, votar, festejar já temos nossos amigos homens.
Marjane Satrapi é conhecida por “Persépolis”, onde conta sua própria vida. Ela cresceu no Irã, num período de muita agitação política. Depois de enfrentar muitos desafios, mudou-se para a Europa, onde enfrentou dificuldades por ser árabe e muçulmana. A história é contada de forma única, misturando texto e desenhos para mostrar os conflitos da protagonista. É uma história interessante sobre imigração árabe.